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CEMA apela aquisição dos meios navais para o cumprimento das suas missões  

Sob o Lema: “Juramos defender as águas da Guiné-Bissau mesmo com o sacrifício da vida do ultimo Fuzileiro” o Estado-Maior da Armada comemora 53 Anos da criação de Força dos Fuzileiros Navais ciada a 12 de Setembro de 1969. Numa cerimônia realizada no dia 12 de Setembro, nas instalações da Marinha de Guerra Nacional, para celebrar a data, e presidida pelo Marcelino Cabral, em representação do ministro do Estado, da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Marciano Silva Barbeiro, na presença do CEMGFA, General Biaguê Na N´Tan, o Chefe de Estado-Maior da Marinha de Guerra Nacional, Contra Almirante Helder Nhanque apela ao Governo e de mais entidades a aquisição de meios para melhor cumprimento das missões que o Estado lhes confiar.     

Helder Nhanque depositando de coroa de flores no monimento de Base Naval

Na Integra o Discurso do Contra Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada Helder Nhanque

É com enorme satisfação que a Marinha de Guerra Nacional acolhe a vossa presença que muito nos honra, nesta Base Naval de Bissau, para juntos comemorarmos hoje os 53 anos da histórica criação dos Fuzileiros Navais da República da Guiné-Bissau.

Foi em pleno evoluir da guerra de libertação nacional que Amílcar Lopes Cabral teve a célebre ideia que, havia toda uma necessidade de dotar a Marinha de uma força especial decidindo enviar para a antiga União Soviética, 76 jovens Combatentes para formação na especialidade de Fuzileiros – Primeiro Curso dos Fuzileiros Navais – em 12 Setembro de 1969 dando origem aos atuais Fuzileiros Navais da Guiné-Bissau.

Hoje, com cinco décadas ao serviço da Pátria, os Fuzileiros Navais continuam a ser uma força verdadeiramente confiável e ancorado nos princípios que estiveram na base da sua criação, de servir o país que heroicamente ajudou à edificar nas matas da nossa terra.

A Marinha de Guerra Nacional tem grande responsabilidade em garantir a soberania marítima do nosso Estado, traduzida na vastidão e complexidade desta parte do nosso território e dos seus desafios. Daí contar com a prontidão e credibilidade dos seus Fuzileiros, uma unidade de elite vincada na disciplina, coragem, abnegação, forte espírito de corpo e sentido de missão demonstrados outrora em vários senários de conflitos e missões no país e no quadro de manutenção de paz das Nações Unidas.

Aos Fuzileiros e Camaradas,

Temos consciência muito clara das necessidades e dificuldades que atualmente enfrentam no vosso dia-a-dia sobretudo no que concerne a Formação Específica que vos confirma a única e exclusiva pertença à Classe dos Fuzileiros. Formação assente na dura e sacrificante preparação mental, física e combativa de cada FUZILEIRO e que garante vos e só vós, a digna conquista e ostentação de “Boina Preta”.

E neste particular, a Marinha Nacional e os seus Fuzileiros contam com o apoio de todos os seus tradicionais Parceiros de Cooperação em continuarem a dar a oportunidade de formação aos Fuzileiros quer no estrangeiro quer na Guiné-Bissau, particularmente a Marinha de Guerra de Portugal.

Por outro Lado, as atuais instalações e alojamentos dos Fuzileiros Navais constituem sérios desafios e preocupações ao Comando da Armada por se encontrarem em avançado estado de degradação devido a falta de intervenção e reabilitação séria e profunda ao longo de muitos anos. Um problema, aliás, transversal à toda a Marinha Nacional.

Garanto perante todos vós que, enquanto Comandante da Marinha, lutarei e lutaremos juntos, para constituir e dignificar os nossos Fuzileiros Navais.

Os guineenses podem continuar a contar com os Fuzileiros, uma força única e nobre que contribui, lado a lado com a Marinha, na proteção e promoção dos interesses da Guiné-Bissau no mar e através do mar.  

A vontade e a disponibilidade não nos faltam, entretanto, ao Comandante e o Imediato da Força dos Fuzileiros e toda a sua estrutura de comando exorto em redobrarem esforços em tudo fazerem para assegurar uma Força de Fuzileiros Navais pronta, útil e focada em cumprir as tarefas e missões atribuídas no “Mar e onde Necessário”.                                              

Para terminar, gostaria de aproveitar esta soberana ocasião para, em primeiro lugar, reconhecer e agradecer o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, General Biaguê Na N´Tan, pelo incansável empenho em procurar soluções com vista à consolidação de Forças Armadas verdadeiramente republicanas e em especial para a Marinha Nacional.

E, em segundo lugar, rogar ao Ministério da Defesa Nacional e ao Governo, extensivo à Presidência da República, em providenciarem meios navais necessários à Marinha por forma a cumprirmos a missão constitucional que o Estado nos confiou.

FUZOS: “No Mar e Onde Necessário”!

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