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Repartição de Género do EMGFA, apoia crianças com livros didácticos

Entrevista com Coronel Mirna M. P. Baldé

A Repartição de Género, Emancipação e Acção das Mulheres nas FA, tem vindo a realizar várias actividades em diversos campos sociais. Uma dassas actividades, fora a doação de livros didácticos efectuada as crianças dalgumas cooperativas escolares de Bissau e do interior, nomeadamente, de Salato e Fã-mandinga, zona leste do país, nos dias 30 do mês de Março deste ano.

Em entrevista concedida a equipa jornalística da Imprensa Militar, Coronel Mirna Mariza Pinhel Baldé, descreve acerca desta doação assim como dalgumas actividades realizadas pelas militares guineenses sob o seu comando e coordenação.

Assim, fica a transcrição na íntegra da entrevista tida no dia 8 do mês de Abril do ano actual, no Estado-maior General das FA.

Coronel Mirna Mariza Pinhel Baldé

P: O porquê da escolha dessas localidades para doar livros didácticos?

R: A escolha dessas localidades veio do resultado duma análise profunda das necessidades das crianças alunos que vivem em zonas rurais. Como se sabe, a Repartição do Género do Estado-maior General das FA tem vindo a desencadear series de actividades agrícolas nessas localidades. Mediante isso, deparou com enormes dificuldades dos pais e encarregados da educação em adquirir tais materiais para os seus educandos, neste sentido, decidimos doar a essas crianças estes livros, como forma de apoiar e contribuir na melhoria do sistema educacional das crianças vulneráveis.  

P: Como foi possível reunir estes livros, e quais apoios receberam para a materialização deste projecto?

R: Foipossívela concretização deste projecto graças ao apoio do CEMGFA, General do Exército Biaguê Na N´Tan, que depois de receber da nossa parte as informações sobre a carência das crianças alunos destas localidades, providenciou imediatamente livros, através dos parceiros, que posteriormente fomos possibilitados a remete-los as escolas, já que somos a sua extensão, fazendo chegar a sua preocupação a locais distantes.   

P: Os livros ora doados, são de que níveis da escolaridade?

R: O maior volume de livros, são do primeiro ciclo, ou seja, de primeiro ao quarto ano da escolaridade.

P: Segundo o vosso entender, qual seria o impacto dessa doação?

R: Isso irá contribuir significativamente na mudança do comportamento dos pais e encarregados de educação das crianças, porque além de causar uma redução de custos em compras de materiais didácticos, também vai permitir o envio das crianças as escolas que outrora eram usados como mão-de-obra em trabalhos agrícolas por falta de meios financeiros para sustentar seus estudos.

Próprio comando do aquartelamento militar de Saliato, também adquiriu tais livros e outros materiais como incentivo aos militares na elevação dos níveis da alfabetização e de transmissão as crianças nas escolas sequentemente.

P: Fugindo um pouco da matéria da entrevista. Já se avizinha a época das chuvas, quais perspectivas da Repartição para a nova campanha de lavouras?

R: Já está em curso a tomada das evidências para que, logo no final de Abril, começar com os primeiros trabalhos da preparação do terreno para lavoura. No ano passado tínhamos cultivado a amendoim, arroz, abobara, batata entre outros produtos agrícolas. Neste ano, contamos aumentar os hectares cultivados nos campos agrícolas de Salato e Fã-mandinga respectivamente.   

Equipa preparando a distribuição

P: Para essas actividades de cultivo que a Repartição de Género efectua, há alguma subvenção ou apoio financeiro?

R: Para a realização dessas actividades, sempre recebemos o apoio incondicional do CEMGFA. Além isso, o que mais conta é o esforço da minha equipa formada por uma comissão que planeia e executa actividades.

P: Últimas considerações?

R: Posso afirmar que nós “mulheres” militares, estamos prontas mais de que nunca em apoiar o CEMGFA e assim, contribuir no desenvolvimento socioeconómico não só da Classe Castrense, assim como da sociedade guineense, pois, além de sermos fardados, também somos guineenses. E isso faz com que o nosso papel não só se resume a defesa da integridade territorial, respeito e cumprimento da Constituição da Republica, assim como, apoiar na estabilização social.

Jornalista: Munira Augusto Oliveira Quadé

Foto: 1º Sargento Luís Mané

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