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Militares da CEDEAO reuniram em Bissau para combater o terrorismo

Aspeto da mesa que presidiu a Reunião dos Chefes de Estado-Maior da CEDEAO

Os Chefes Militares da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, enceraram em Bissau, no dia 13 do mês corrente, no Hala Hotel, a segunda Reunião Extraordinária do Comité dos Chefes de Estado-Maior da CEDEAO, com o objetivo de aprovar os documentos final, a ser submetido á próxima Cimeira de líderes políticos da organização, sobre a implementação de uma Força de Alerta.

A Reunião foi antecedida com os trabalhos dos oficias das Operações e da Logística das Forças Armadas dos Estados membros, que teve o seu inicio no dia do mês em curso.

O ato da abertura foi presidido pelo Ministro da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Marciano Silva Barbeiro, que na ocasião, reconheceu a disponibilidade e sacrifício das Chefias militares em deixar as suas familiares para percorrer milhares de quilómetros, a fim de se juntar para compartilharem as sinergias e competências para uma causa de segurança, paz e estabilidade de toda a comunidade da CEDEAO, da sub-região, do continente Africano e de uma forma geral do mundo.

Ainda o ministro convidou os chefes das Forças Armadas da CEDEAO a reflectirem sobre as realidades africanas, a fim de poderem tomar decisões acertadas, com vista a execução das duas escolhidas na reunião passada que é, de ofensiva ou de apoio às autoridades nacionais na luta contra o terrorismo e Golpes de Estado em África.

Finalmente, Marciano Silva Barbeiro Garantiu que a Guiné-Bissau vai continuar a trabalhar com a CEDEAO na procura de soluções conjuntas para criar condições de segurança e estabilização de todos os Estados membros.

Ministro da Defesa Nacional cumprimentando as Chefias militares da CEDEAO

Para o Comissário da CEDEAO para Assuntos Políticos, Paz e segurança, Abdel Fatau Musah disse que o terrorismo está a pôr em causa a paz e a estabilidade da costa ocidental da África, sobre tudo nos Estados Membros da CEDEAO, concretamente no Mali e Burkina Faso, por isso, a implementação da Força de Alerta deve ser uma realidade de modo a pôr fim o fenómeno do terrorismo na comunidade.  

Por sua vez, o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e Presidente do Comité dos Chefes de Estado Maior da CEDEAO, General de exército Biaguê Na N´tan, afirma que o mundo hoje enfrenta uma profunda crise devido ao cenário de insegurança assente no terrorismo, que se assiste um pouco por toda a parte, pondo em causa a paz, segurança e estabilidade na África ocidental.

Entretanto, Na N´tan, disse que o referido fenómeno não só põe em causa a segurança dos povos, mas também a soberania e integridade dos territórios dos Estados membros, fato que segundo ele, exige das Forças Armadas uma imediata prontidão e capacidade de resposta satisfatória em todos os quadrantes, pelo que, é necessária implementação da Força de Alerta da CEDEAO na luta contra o terrorismo, bem como para restabelecimento da ordem constitucional na sub-região.

Biaguê Na N´Tan defendeu que, para fazer face a esse flagelo, recai sobre os Chefes de Estado-Maior da CEDEAO, a missão de planificação, da parte dos oficiais das Operações e Logística, e a consequentemente aprovação dos resultados de trabalhos, enquanto membros do Comité dos Chefes de Estado-Maior General das Forças Armadas da CEDEAO.

A margem da reunião os Chefes do Estado-Maior das Forças Armadas da CEDEAO, efectuaram uma visita de cortesia ao Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, General Umaro Sissoco Embaló.  

A segunda Reunião Extraordinária do Comité dos Chefes de Estado-Maior da CEDEAO ficou mais uma vez, marcada com a ausência dos Representantes da Guiné Conacri e do Mali.

Jornalista: Soldado Jamir Otelo da Silva

Foto: 2º sargento Luís Mane

Bissau, 14 de Março de 2023

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