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Guiné-Bissau e Portugal celebram 30 anos de cooperação técnica militar

Embaixador de Portugal no ato da dessecação da placa

A Guiné-Bissau e Portugal, comemoram no dia 03 de Julho do ano em curso, nas instalações da Cooperação Técnica Militar Portuguesa (residência de Santa Luzia), 30 anos da cooperação bilateral, como forma de testemunhar a história de uma cooperação de anos remotos e saudável.

O ato da celebração, foi marcado com o descerramento da placa que descreve a celebração desta data e a assinatura do Livro de Honra feita pelo Diretor Geral da Política de Defesa Nacional portuguesa, dias antes a assinatura de um novo Programa Quadro 2021/2025 pelos Diretores Gerais da Política de Defesa Nacional (DGPDN) da Guiné-Bissau e Portugal.

O ensejo, serviu para o embaixador de Portugal, José Araújo Valez Caroço agradecer os dois DGPDN pelo seus empenhos na consolidação e solidificação dos acordos da cooperação e da parceria técnico militar entre o Portugal e a Guiné-Bissau, sobretudo numa altura em que esta cooperação consegue cobrir em parte as ambições das Forças Armadas guineense, não só em termos de fornecimentos de materiais, assim como na formação e capacitação dos quadros militares. Encorajando-os a continuarem a trilhar o caminho de acordos bilaterais, onde os assuntos da defesa nacional, são preponderantes para o atual desafio global.     

DGPDN assinando Livro de Honra

O momento serviu para o Brigadeiro General, Marcolino Alves, Diretor-Geral da Política de Defesa Nacional (DGPDN) da Guiné-Bissau, manifestar o seu contentamento pela celebração desta data, que marca os 30 anos de uma relação de dois povos amigos e irmãos. “Portanto, as caminhadas que essas duas Forças Armadas fizeram ao longo de séculos, traduzem no ato que está a se vivenciar hoje. Contudo, lamentou que apesar de muitos sobressaltos que o governo tem tido, o nosso irmão de Portugal nunca deixou o nosso país para traz, pois sempre acompanhou-nos nas nossas dificuldades, traduzindo assim nesta data de imperial importância para todos nós”, destacou o Brigadeiro General.

Por seu turno, o DGPDN de Portugal, Paulo Lourenço enfatizou que esta visita a Bissau tem um sabor muito especial, na medida em que serve para a celebração dos 3 décadas da cooperação técnica militar portuguesa no domínio da defesa no país.

De acordo com Paulo Lourenço, este momento serve-lhe para melhor conhecer a sua missão com base nos feitos dos seus antecessores ao cargo do DGPDN de Portugal. Reconhecido, que os trabalhos dos militares portugueses afectos a essa residência são de grande orgulho, pois, desde instalação da Cooperação Técnica Militar no país, deram as suas energias e fizeram de tudo para que essa cooperação continue até a data presente. Tendo advertido que a cooperação com a Guiné-Bissau é a primeira assinada entre os países do PALOP e esta casa foi a primeira construída. 

Para o Director da Cooperação Técnico Militar no país, Coronel Leão de Seabra o Centro que dirige é visto pelos militares portugueses como um bocadinho de Portugal na Guiné-Bissau, que tem sofrido ao longo dos anos da sua existência várias remodelações, mas que na fase actual tem um elevado interesse nacional, de criar condições para que possa num período, segundo o Acordo do Programa Quadro 2021/2025, cumprir com os propósitos delineados.

Frisou, que apesar de uma história que deixou recordações deploráveis do passado para os dois países, os seus povos continuam a preservar e manter os laços da irmandade e amizade de séculos marcados pela convivência mútua na luta pela autonomia e o desenvolvimento. Este ato, traz assim a recordação da assinatura deste acordo assinalado nas décadas dos anos 80.

Jornalista: Alferes Admir Lopes Correia

Foto: 2º Sargento Luís Mané

04 de Julho de 2022

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