Guiné-Bissau e Portugal comemoram três décadas de cooperação militar

Ocorreu em Bissau no dia 04 de Julho do ano corrente no Anfiteatro João Bernardo Vieira (Estado-Maior General das Forcas Armada), o seminário alusivo a três décadas da cooperação técnico-militar entre a Guiné-Bissau e Portugal, como uma data de capital importância para os dois países unidos por uma história de tempos longínquos.
O Ministro da Defesa Nacional, Marciano Silva Barbeiro afirmou que a Guine -Bissau conseguiu um feito inédito graças a magistratura de influência do Presidente da República Úmero Sissoco Embalo que segundo ele desde a criação da CEDEAO em 1975 nenhum país lusófono chegou a presidir a referida organização. Salientou que a cooperação entre a Guiné-Bissau e Portugal não é uma simples relação entre dois países, mas uma amizade e laços da união de vida conjunta de quase seis séculos de histórias numa caminhada secular construída no tempo.
Segundo o governante, desde a assinatura deste acordo em 1989 nunca teve a dimensão que está tendo hoje, sendo uma prova de amizade da cooperação entre os dois países, o que faz as duas Forças Armadas sentirem orgulhosas. Disse que, o Portugal conhece melhor as Forcas Armadas da Guine Bissau em relação a outros países de CPLP, sendo que os apoios dados as FA devem ser contínuos já que lhes permitem assim erguer e se desenvolver a si e o seu país.
“Foram três décadas de cooperação e dezenas de projetos em comum em que houve alguns avanços e recuos, e 30 anos de muita dedicação e determinação que refletem na certeza da nossa política de defesa e os compromissos com a Guiné-Bissau, sendo ainda 30 anos que testemunhamos a formação de um jovem país e das suas elites militares alguns com formação em Portugal. Como sabemos, é através do ensino que compreendemos e que nos aproximamos, pois, essa será sempre a nossa aposta e a expressão mais singular da nossa cooperação”, afirma, a professora Helena Carreiras ministra de defesa portuguesa.

O Chefe de Estado-Maior General das FA de Portugal, Almirante António Silva Ribeiro, apontou as áreas das suas intervenções na formação das forcas armadas guineenses em cinco áreas: primeiro, formação dos oficiais superiores através da universidade Politécnica militar e instituto da Universidade militar do Portugal; segundo, treinamento da Marinha da Guiné-Bissau, através da marinha portuguesa; terceiro treinamento da polícia aérea com apoio da forca aérea de portuguesa; quarto, recuperação da transmissão militar da Guiné-Bissau pelo exército português e por último, formação de quadros de saúde militar que recentemente beneficiou de equipamentos sanitários.
O Diretor Geral da Politica de Defesa Nacional (DGPDN) da Guiné-Bissau, Brigadeiro General, Marcolino Alves garantiu que o Acordo do Programa Quadro 2021/2025 assinado no dia 21 de Dezembro de 2021 pelos então Ministros da Defesa Nacional dos dois países, visa projectar a imagem da Guiné-Bissau e das suas Forcas Armadas. No entanto lamentou o facto da impossibilidade financeira do governo em executar alguns projectos ligados ao sector da defesa pelo que rogou a continuidade do apoio do Governo português.
Por seu lado, o Director Geral da Política de Defesa Nacional de Portugal (DGPDN), Paulo Lourenço disse que, a razão de seminário prende-se com a homenagem de três décadas duma história de cooperação técnica militar e das ambições de dois Estado em superar as dificuldades do passado.
Jornalista: Celeste Naualna Mendonça
Foto: 1º Sargento Joaquim Francisco da Costa
11 de Julho de 2022