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Classe Castrense incentiva Publicação de Obras Literária por parte dos seus efetivos

Aspeto da Entrevista

A Organização dos Militares e Paramilitares Mandjuas (Amigos de Arma em Tempo de Paz) é uma iniciativa da classe castrense que surgiu em 2020 depois da realização da 1ª Sexta Poética realizada no Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA), através de convergências de ideias entre os militares e um grupo de escritores guineense. A ideia foi tornada público pelo escritor e vice-presidente da organização, Tenente Coronel Manuel da Costa, durante uma entrevista exclusiva a Imprensa Militar no dia 12 do mês do ano em curso.

O projecto Mandjuas de Arma em Tempo de Paz”, tem por objectivo principal a recolha e publicação de textos literários escritos pelos militares e paramilitares Guineenses, explicou o vice-presidente, tendo informado que a organização tem planeada uma seria de actividades, entre as quais, a criação de acordos de parceria com a Associação de Escritores do país, mas que fora cancelada devido ao estado de emergência imposta pelo governo no âmbito da prevenção de COVID-19.

O Vice-Presidente da Comissão para a Recolha, Organização e Publicação de Obras Literária, Tenente Coronel da Manuel da Costa disse que só em 2021 numa Reunião convocada pelos membros fundadores da organização, no EMGFA é que conseguiram entrar em contacto com as entidades responsáveis para assuntos sociais e cívicos desta instituição militar, no sentido, de eles apoiarem e coordenarem tais actividades. Fato que segundo ele, foi logo aceite e apiado pela Divisão da Educação Cívica e Assuntos Sociais, permitindo assim a sua aprovação por parte da Entidade máxima militar.   

O Tenente Coronel advertiu que a colectânea de Poesias está dividida em partes, sendo a primeira publicada no dia das Forças Armadas 16 de Novembro, e garantiu que está em manga a publicação da segunda parte da Colectânea que será em Contos e a terceira será a Obra Literária do Falecido Tenente Coronel, Ussumane Conaté sobre a Luta de Libertação Nacional. A Primeira colectânea conta com a participação de 12 escritores, entre os quais uma mulher, 58 poesias, dois quais 8 está escrito em Crioulo.

Manuel da Costa aproveitando a ocasião para solicitar a participação de mais escritores com suas obras a fim de incorporar a o novo trabalho de contos que será publicada brevemente. Entretanto, demostrou que o projecto conta com apoio de várias instituições, principalmente de Forças da defesa e Segurança, além de algumas do sector privada e estrangeira, concretamente, da embaixada de Portugal na publicação da primeira colectânea. Ainda explicou que, particularmente publicou uma obra em 2022, que ficou no marco da história literária tradicional do país. “A obra trata de contos tradicionais e está sendo comercializada tanto no país, assim como, no estrangeiro”.

Sobre a sua obra denominada “Maré Branca nas Bolinhas” já publicada, explicou que é uma obra que trata de tráficos e consumo de drogas e que foi um grande sucesso entre os leitores, uma vez que toda tiragem foi requisitada e comprada, despertando assim grandes interesses do público sobre o conteúdo tratado neste livro. Afirmou que esta obra foi escrita baseada em declarações de pessoas anónimas com conhecimento sobre o tráfico deste produto no país.   

Aproveitou a ocasião para apelar e encorajar os escritores da Classe Castrense a aderirem ao projecto, participando assim na Recolha, Organização, Correcção e Publicação de obras dos militares nacionais, perspectivando assim melhores sucessos do projecto no futuro.

Vale salientar que a Organização Mandjuas de arma em Tempo da Paz pretende lançar uma nova colectâneas de Obras Literárias de Escritores Militares e Paramilitares brevemente, contando assim com as recolhas de obras muito mais que as feitas na primeira fase.

Jornalista: Soldado Jamir da Silva

Foto: Alferes Umaro Januário Indjai

17 de Janeiro de 2023

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